segunda-feira, 14 de abril de 2014

MST inicia acampamento em memória ao Massacre

Prossegue até o próximo dia 17,  o Acampamento Pedagógico da Juventude Camponesa “Oziel Alves Pereira” na curva do “S”, em Eldorado do Carajás, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em alusão ao Massacre de Eldorado do Carajás, que completa 18 anos em 2014.
O evento inclui uma série de atividades culturais, como filmes, oficinas de dança, agitação e propaganda, teatro e percussão.
Ademais, todas as tardes, exatamente às 17h, horário do genocídio contra os trabalhadores rurais Sem-Terra, será realizado um ato na BR-155, palco do massacre.
Os jovens, também percorrerão até os túmulos dos camponeses assassinados pela Polícia Militar, no cemitério de Eldorado dos Carajás.
Protestos na cidade de Curionópolis, cujo nome homenageia o ex-oficial do Exército, Sebastião Curió, responsável pelo aniquilamento dos integrantes da Guerrilha do Araguaia, estão na programação do acampamento.
No encerramento da atividade, no dia 17 de abril, dia internacional na Luta Camponesa será realizado um grande ato político- cultural, com a presença de várias autoridades locais e artistas da região.
Memória – O MST-Pará promove desde abril de 1997 o acampamento em memória dos 19 trabalhadores rurais Sem Terra mortos, na tarde do dia 17 de abril de 1996.
No episódio, que ficou mundialmente conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás, oficialmente 19 homens morreram alvejadas pela polícia ao interromper uma marcha que chegaria até a capital Belém, em protesto pela reforma agrária. Pelas contas do MST, foram 21 mortos.
“Nunca podemos perder essa simbologia, deixar esquecer esse ato de barbárie, que busca na eliminação física do campesinato da região, resolver as contradições do capitalismo que saqueia e explora o Pará”, protesta Charles Trocate, da coordenação estadual do MST-Pará.

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