Rondon vive expectativa da exploração de bauxita
A presença na cidade de uma das gigantes do setor de
mineração no País, já começa a mexer com o imaginário dos moradores de Rondon
do Pará. É que a Votorantim Metais vai explorar naquele município, a partir de 2016, a bauxita e com o
processamento dela (em refinaria) fornecer alumina para a indústria de
alumínio. O investimento é da ordem de R$ 5,6 bilhões, com promessa de geração
6 mil empregos na fase de implantação e 1.600 na operação. A mineradora já está
instalada na região e trabalha, no momento, pela liberação das licenças
ambientais. A Votorantim aproveita o grande movimento de populares na
Exporondon – Exposição Agropecuária, para apresentar ao público um perfil do
projeto em um estande montado na feira. Ali, é explicado às pessoas o estado em
que a bauxita é encontrada na natureza, como funciona o beneficiamento para
extração da alumina e no que o material vai se transformar, como alumínio
presente na prataria das casas e em acabamentos. Foi lá que a equipe do Jornal
CORREIO DO TOCANTINS conversou com o gerente do projeto, o engenheiro de minas
Carlos Gatti e o diretor de sustentabilidade, Sérgio Oliveira.
Gatti explicou que
o projeto Alumina Rondon é o principal investimento da VM no Brasil e isso
explica-se pelo potencial das minas da região que permitirão exploração de pelo
menos 200 anos, e uma produção inicial da ordem de 3 milhões de toneladas de
alumina ao ano, ou seja, no patamar dos maiores projetos do setor no mundo. Em
2020, após a expansão do complexo industrial (fase II), a produção deverá
alcançar 6 milhões de toneladas. O projeto Alumina Rondon é o primeiro
investimento desse tipo da Votorantim no Pará. Desde 2006 a empresa realiza
pesquisa quanto ao potencial de exploração de bauxita na região de Paragominas.
A empresa descobriu que a reserva mineral estudada na região tem potencial
acima de 1 bilhão de toneladas de bauxita. A área industrial do projeto é de
cerca de 300 hectares,
incluindo a instalação de escritórios e áreas de apoio, tais como refeitórios,
centro de treinamento, laboratório e estrutura auxiliar. A área industrial será
composta por: britagem, beneficiamento, refinaria e co-geração e os sistemas de
disposição de resíduos (rejeito da bauxita e resíduo da refinaria de alumina).
SUSTENTABILIDADE
Segundo o diretor
de sustentabilidade da Alumina Rondon, Sérgio Oliveira, um dos desafios no
momento em relação à cidade é conseguir integrar a população local ao projeto
fornecendo postos de trabalho e, para isso, é necessário qualificar a mão de
obra. A empresa está firmando acordos com entidades parceiras para conseguir
oferecer essa qualificação. A empresa insiste de que dará preferência para as
contratações locais. Quanto à sustentabilidade do projeto, um dos
diferenciais seria a geração auto-sustentável de energia elétrica, com
utilização de coque de petróleo, carvão mineral e biomassa. Também é prometido
baixo consumo de água. É que o resíduo será filtrado e o líquido será
recuperado, retornando para o processo industrial. A logística pensada
para o transporte da alumina envolve a utilização da BR-222 e BR-010, a Belém-Brasília, além
de rodovia estadual até Barcarena, onde ocorrerá o embarque em navios no porto
de Vila do Conde.
REPERCUSSÃO
Visitantes do
estande da Votorantim Metais na Exporondon mostram-se curiosos com tudo o que
envolve mineração e muitos saem do local surpresos com a projeção do que será o
projeto. A gente percebe que é algo grande. Eles falam que vão investir
milhões e parece que vai ser bom pra cidade. Tem de ver é se isso aí não tem
impacto, tem de olhar diretinho. Rondon não tinha essas coisas de mineração”,
comenta a comerciante Carla Aquino.(correio tocantins)
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