O Instituto Médico
Legal (IML) do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves concluiu na manhã
desta terça-feira (24), o laudo da exumação cadavérica do garoto Kelvys Simão dos
Santos, de dois anos de idade, morador da ilha de Cotijuba, que veio a óbito no
Hospital Abelardo Santos, distrito de Icoaraci, no dia 1º de junho. A morte da
criança foi motivo de comoção depois que familiares afirmaram que ele teria
"acordado" quando estava sendo velado. O garoto chegou a ser levado
novamente para o hospital, onde foi constatado o óbito da criança. No entanto,
por conta da polêmica que o caso gerou, foi aberto um procedimento de
investigação e solicitada a exumação do corpo. O laudo foi encaminhado para o
delegado Rogério Moraes, titular da Delegacia de Ordem Administrativa (DOA),
vinculada à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), que
solicitou a exumação do corpo da criança e preside as investigações do caso.
Isso não encerra, no entanto, o inquérito policial que visa esclarecer dúvidas
relacionadas à morte do menino, que a família afirma ter sido resultado de
negligência médica. “As informações técnicas do laudo serão somadas às
informações adquiridas durante os depoimentos, para que eu possa dar o parecer
final”, explica o delegado.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia
Civil, o delegado Rogério Moraes deve estudar cuidadosamente o laudo e se
pronunciar sobre o conteúdo do documento apenas na quarta-feira (25). Cerca de
20 pessoas prestaram depoimento sobre o caso até o momento. Na primeira fase da
investigação, o delegado ouviu os pais da criança, Antônio Carlos Santos e
Telma Simão Costa e a tia de Kelvys, Maria da Conceição Santos. Os médicos da
Unidade de Saúde de Cotijuba e do Hospital Abelardo Santos, de Icoaraci, locais
onde Kelvys foi atendido, assim como o funcionário da funerária que teve
contato com o corpo, também foram ouvidos. Na segunda etapa do trabalho
policial, na ilha de Cotijuba, novas testemunhas, entre elas, o avô do garoto,
puderam conversar com o delegado. Ele não descarta, porém, a necessidade de
novas oitivas. “Tudo dependerá do resultado do laudo do IML”, afirma a
autoridade policial. Segundo ele, é possível que o caso seja encerrado em até
24 horas após a análise das informações técnicas.
EXUMAÇÃO
A exumação, ato de desenterrar cadáveres, acontece nos casos em que as autoridades policiais ou de Justiça levantam novos fatos no decorrer de investigações de cunho criminal e que podem ajudar na elucidação de um crime. O profissional responsável por executar este tipo de perícia é o perito médico legista, em um trabalho conjunto com peritos de odontologia e antropologia legal e auxiliares técnicos de perícia. O processo de exumação se dá de forma integrada, sempre com o auxílio do corpo técnico envolvido, acompanhado por um aparato policial, já que se trata de um procedimento investigativo. O médico e os auxiliares coletam fragmentos de órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo humano, como parte do coração, pulmão, fígado e rins, que são submetidos a exames histopatológicos, em um laboratório especializado de Belém, que podem apontar a causa da morte de um indivíduo. A parte que envolve as áreas odontologia e antropologia legal também é fundamental para o sucesso das exumações cadavéricas quando há necessidade de identificar um corpo. No decorrer do procedimento, são coletados fragmentos de arcada dentária e ossos, com o objetivo de confrontar a coleta com dados científicos padronizados, que servem de base para a finalização de um laudo. Segundo o médico legista e coordenador de perícia no morto do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, José Arimatéia, a análise de corpos já enterrados é complexa. “Geralmente exumamos corpos enterrados há muito tempo e que já se encontram em estado de putrefação, o que prejudica muito a qualidade do material coletado. Por conta disto, as perícias realizadas em exumações tendem a ser mais minuciosas e detalhadas, pois dependemos basicamente do resultado laboratorial dos fragmentos coletados. O caso do garoto Kelvys é mais complicado ainda, já que ele não foi submetido à perícia necroscópica no IML. Neste caso, respondemos no laudo os quesitos levantados pela autoridade policial na solicitação da perícia, confrontando com o resultado das análises histopatológicas”, detalha. (Dol)
A exumação, ato de desenterrar cadáveres, acontece nos casos em que as autoridades policiais ou de Justiça levantam novos fatos no decorrer de investigações de cunho criminal e que podem ajudar na elucidação de um crime. O profissional responsável por executar este tipo de perícia é o perito médico legista, em um trabalho conjunto com peritos de odontologia e antropologia legal e auxiliares técnicos de perícia. O processo de exumação se dá de forma integrada, sempre com o auxílio do corpo técnico envolvido, acompanhado por um aparato policial, já que se trata de um procedimento investigativo. O médico e os auxiliares coletam fragmentos de órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo humano, como parte do coração, pulmão, fígado e rins, que são submetidos a exames histopatológicos, em um laboratório especializado de Belém, que podem apontar a causa da morte de um indivíduo. A parte que envolve as áreas odontologia e antropologia legal também é fundamental para o sucesso das exumações cadavéricas quando há necessidade de identificar um corpo. No decorrer do procedimento, são coletados fragmentos de arcada dentária e ossos, com o objetivo de confrontar a coleta com dados científicos padronizados, que servem de base para a finalização de um laudo. Segundo o médico legista e coordenador de perícia no morto do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, José Arimatéia, a análise de corpos já enterrados é complexa. “Geralmente exumamos corpos enterrados há muito tempo e que já se encontram em estado de putrefação, o que prejudica muito a qualidade do material coletado. Por conta disto, as perícias realizadas em exumações tendem a ser mais minuciosas e detalhadas, pois dependemos basicamente do resultado laboratorial dos fragmentos coletados. O caso do garoto Kelvys é mais complicado ainda, já que ele não foi submetido à perícia necroscópica no IML. Neste caso, respondemos no laudo os quesitos levantados pela autoridade policial na solicitação da perícia, confrontando com o resultado das análises histopatológicas”, detalha. (Dol)
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