A greve dos trabalhadores das empresas
do sistema Eletrobrás atingiu 14 empresas estatais, sendo oito geradoras e seis
distribuidoras federais. A paralisação teve início na última quarta-feira (4),
com previsão de durar 72 horas. Entre as companhias com atividades suspensas
estão a Furnas, Eletronorte, Chesf e Eletrosul. As principais reivindicações do
movimento estão relacionadas à melhoria nas condições salariais, combate à
precarização e terceirização do trabalho e renovação das concessões de energia.
Segundo o diretor da Federação Nacional dos Urbanitários,
Fernando Pereira, os funcionários esperam que na próxima rodada de negociação,
prevista para o dia 11 deste mês, a empresa esteja aberta ao diálogo. “A
empresa simplesmente apresentou querendo fazer reajuste só do IPCA [Índice de
Preços ao Consumidor Amplo], que é 5,38. Ela não quer discutir questão do ganho
real, não quer discutir produtividade, não quer reajuste nos benefícios, nosso
auxílio alimentação, auxílio creche, auxílio educacional”.
Pereira diz que a discussão sobre a administração é outra
pauta levantada pelos trabalhadores. “E umas das questões que nós estamos
colocando, que para nós também é prioridade, é discutir a gestão da empresa. O
aumento desenfreado da terceirização na empresa, a estrutura organizacional da
empresa, os presidentes das empresas inchando de assessores e assistentes. Para
você ter uma ideia tem presidente de empresa que tem 18 assessores. E aí eles
não querem discutir a transparência.” Caso a Eletrobrás não atenda às
reivindicações, os trabalhadores já deram um indicativo de greve por tempo
indeterminado a partir do próximo dia 16.(Radioagencianp)
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