A comitiva do Governo do Estado que foi nesta
quarta-feira (18) ao município de Jacareacanga, na região do Tapajós, sudoeste
paraense, reúne desde às 14h com lideranças indígenas da etnia Munduruku, para
dialogar sobre a aplicação das ações públicas nas áreas de educação,
transportes, saúde, assistência social e cidadania e também para oficializar o
início das obras de construção da Unidade Pro Paz.O grupo deve retornar a Belém
ainda hoje, com chegada prevista para às 18h.
Estão em Jacareacanga
representantes das secretarias de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
(Segup), de Saúde Pública (Sespa), de Transportes (Setran), de Educação
(Seduc), de Assistência Social (Seas), de Comunicação (Secom), Polícia Militar,
Polícia Civil e da empresa responsável pela construção da Unidade Integrada Pro
Paz. A comitiva saiu da capital às 8h desta quarta-feira (18), com embarque no
Hangar do Estado, ao lado do Aeroporto Internacional de Val de Cans.
A visita ao município
faz parte do cumprimento do compromisso firmado pelo secretário de Estado de
Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, no encontro com os índios da etnia
Munduruku, realizado no dia 6 de julho, no município de Jacareacanga, quando
também foi acordada a construção de uma Unidade Integrada Pro Paz, composta por
policiais civis e militares; o aumento do efetivo da PM e o total apoio na
apuração do assassinato do índio Leo Akay Munduruku.
Fazem parte da comitiva
que embarcou para Jacareacanga, o secretário de Estado de Defesa Social, Luiz
Fernandes Rocha; a secretária de Estado de Assistência Social, Tetê Santos; o
comandante geral da Polícia Militar, coronel Daniel Borges Mendes; o delegado
geral adjunto da Polícia Civil, Rilmar Firmino; a diretora para Educação,
Diversidade e Cidadania da Seduc, Aldeíze Queiroz; o chefe do 3º Núcleo
Regional da Setran, com sede em Santarém, engenheiro José Merabet;
representantes da Sespa e da empresa que construirá a Unidade Integrada Pro
Paz.
Os recentes conflitos
ocorridos em Jacareacanga começaram na madrugada do dia 3 de julho, quando o
prédio do destacamento da Polícia Militar na cidade foi depredado e incendiado
por cerca de 60 índios da tribo Munduruku que invadiram o local. Durante o
ataque, um policial militar foi ferido no braço por uma flecha, porém sem
gravidade. Na ocasião desapareceram duas armas tipo carabina magal e um
revólver calibre 38 que pertenciam ao destacamento. A reação da comunidade
indígena se deu em razão da não concordância com a ordem judicial que liberou
dois dos quatro suspeitos da morte de um índio, cujo corpo foi encontrado dias
antes do incidente.
O governador Simão
Jatene recebeu em audiência oito representantes indígenas Munduruku, no Comando
Geral da Polícia Militar, em Belém, no dia 11 de julho. Na reunião os índios
falaram sobre os motivos que os levaram a depredar o quartel da PM. O
governador reafirmou a decisão da construção imediata da Unidade Pro Paz, que
além do efetivo policial, irá oferece à população ações nas áreas de educação e
cidadania e também assegurou aos indígenas o reforço policial e o
acompanhamento, junto à Justiça, do homicídio do índio Leo Munduruku, em
Jacareacanga. (Dol)
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