Cerca de duzentas famílias que estão
acampadas na Fazenda Itacaiúnas, a 77 km de Marabá, pertencente ao Grupo Santa
Bárbara, estão mais perto de ter a imissão de posse de terra concedida pelo
Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Em reunião da Comissão Nacional
de Combate à Violência no Campo, que aconteceu na tarde de ontem (23), no
Auditório da Superintendência Regional do Incra, ficou acordado que a
Procuradoria Federal do Incra fará a imissão da posse para o Incra
Regional, favorável à alegação da produtividade. O instituto, por seu turno,
analisa a situação para baixar a portaria do assentamento. Representantes do
órgão prometem trabalhar o mais rapidamente possível para que isso aconteça.
De acordo com José Maria Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Marabá, a área da Fazenda Itacaiúnas, de 10.027 hectares, está
avaliada pelo Incra em R$ 23.921.130,67. “A área foi penalizada, segundo
avaliação do Incra, em R$ 17.592.063,28, por danos ao meio ambiente. Entre os
crimes estão a derrubada de castanheiras, fato comprovado pela Sema durante
este mês”, explica ele. Trabalhadores da fazenda reclamam da ocupação
das famílias de sem-terra, na casa dos empregados, depois da porteira. Eles
denunciam que os acampados estão depredando o patrimônio e perturbando os
trabalhadores soltando foguetes cedo a fim de acordá-los.Fatos esses
negados pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá. “Nada
lá foi depredado, o pessoal está manso e pacífico. Queremos que as coisas sejam
de fato cumpridas”, ressalta ele. Os acampados exigem melhores condições
por parte do governo. “A situação em relação a cesta-básica é referente a
acordos feitos no passado com a Ouvidoria Agrária do Incra para que não
faltasse cesta-básica para as famílias que estão hoje acampadas, porque eles
saíram de uma fazenda para outra com a promessa de serem assentados pelo Incra.
Está com mais de dois anos e até hoje não foram assentados”, lamenta.
TEMPO
Ele lembra que a primeira ocupação da Fazenda Itacaiúnas aconteceu em 2003, perfazendo nove anos de acampamento. “Os que saíram da Fazenda Mutamba estão com dois anos na Itacaiúnas”, esclarece ele, complementando em seguida: “Esperamos que nossas reivindicações sejam atendidas, para que as famílias sejam assentadas com suas parcelas de terra”, almeja. “Caso não sejam atendidas as nossas reivindicações, vamos permanecer no local em que estamos por tempo indeterminado. E definiremos futuras ações", garante José Maria. Durante a reunião, fez uso da palavra o assentado Manoel Floriano. Ele relembra que outros acampados há dois esperam a desapropriação da Fazenda Mutamba. “Estamos sofrendo, ficamos indignados com a situação, porque acertamos algo e a coisa não anda”, critica ele. Segundo Manoel Floriano, a casa dos empregados na Itacaiúnas foi ocupada pelo não cumprimento de acordo por parte das entidades. “Não vamos arredar o pé e coisas piores podem acontecer”, ameaça
TEMPO
Ele lembra que a primeira ocupação da Fazenda Itacaiúnas aconteceu em 2003, perfazendo nove anos de acampamento. “Os que saíram da Fazenda Mutamba estão com dois anos na Itacaiúnas”, esclarece ele, complementando em seguida: “Esperamos que nossas reivindicações sejam atendidas, para que as famílias sejam assentadas com suas parcelas de terra”, almeja. “Caso não sejam atendidas as nossas reivindicações, vamos permanecer no local em que estamos por tempo indeterminado. E definiremos futuras ações", garante José Maria. Durante a reunião, fez uso da palavra o assentado Manoel Floriano. Ele relembra que outros acampados há dois esperam a desapropriação da Fazenda Mutamba. “Estamos sofrendo, ficamos indignados com a situação, porque acertamos algo e a coisa não anda”, critica ele. Segundo Manoel Floriano, a casa dos empregados na Itacaiúnas foi ocupada pelo não cumprimento de acordo por parte das entidades. “Não vamos arredar o pé e coisas piores podem acontecer”, ameaça
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