Um ano após o
assassinato do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito
Santo, lembrado nesta quinta-feira, 24, pouco mudou no assentamento Praia Alta
Piranheira, em Nova Ipixuna, sudeste do Pará, onde o
crime ocorreu, segundo informou a Comissão Pastoral da Terra (CPT). A Pastoral
divulgou que a situação na área é de “abandono”.Para a CPT, o Incra, órgão
responsável pela assistência nos assentamentos, “continua inoperante porque não
tem recursos para a realização de trabalhos” na área do projeto de Nova
Ipixuna. Faltam políticas públicas, disse a Pastoral, para melhorar a qualidade
de vida das famílias dos assentados. Além do mais, “nenhuma providência foi
tomada para incentivar o extrativismo e a preservação da floresta”. Procurado
pelo G1, o Incra não comentou as denúncias da CPT.

Acusados do crime,
estão presos José Rodrigues Moreira (o mandante), Lindonjonson Silva e Alberto
Lopes (os executores). O juiz de Marabá, após a conclusão da instrução do
processo, sentenciou os três e os encaminhou ao Tribunal do Júri. Mas a defesa
entrou com recurso e o julgamento terá de esperar. “Não há previsão de que o
júri acontece ainda este ano”, informou José Batista Afonso, advogado da CPT e
assistente da acusação.

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