
Além dos
depoimentos e do laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) do Centro de
Perícias Científicas Renato Chaves, foi adicionado ao inquérito um saco
cadavérico idêntico ao usado durante o transporte do corpo da criança de
Icoaraci até à ilha de Cotijuba. “Não tem como uma pessoa sobreviver por quatro
horas dentro de um saco como aquele”, declarou Rogério.
De acordo com o
resultado das investigações, Kelvys não levantou do caixão durante o velório e
nem pediu água. O delegado informou durante a coletiva à imprensa que as
pessoas que estavam presentes na cerimônia apenas interpretaram os sinais
vitais do menino de forma equivocada. "Esta hipótese foi descartada no inquérito.
De forma alguma as pessoas mentiram nos depoimentos, apenas entenderam de outra
foram os sinais vitais", disse o delegado Rogério Moraes.
Os depoimentos
foram de suma importância para a conclusão do inquérito. "O depoimento do
avô da vítima foi muito importante para a elucidação do caso. Ele contou à
polícia e ao perito do IML que quando o corpo da criança foi levantado do
caixão ele apresentava uma mancha escura na costa, o que é chamado na medicina
legal de livor mortis - que é a acomodação das células vermelhas do
sangue nas áreas inferiores do corpo, por conta da ação gravitacional. O livor
mortis é uma prova incontestável de que o garoto já estava morto", explica
o delegado.Cerca de vinte
pessoas foram ouvidas pelo delegado Rogério Moraes, até o momento. Na primeira
fase da investigação, o delegado ouviu os pais da criança, Antônio Carlos
Santos e Telma Simão Costa e a tia de Kelvys, Maria da Conceição Santos.
Os médicos da Unidade de Saúde de Cotijuba e do Hospital Abelardo Santos, de
Icoaraci, locais onde Kelvys foi atendido, assim como o funcionário da
funerária que teve contato com o corpo, também foram ouvidos.(Dol)
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