quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Crianças receberão doses de Vitamina A em todo o Estado



A partir de 18 de agosto, por ocasião do Dia D da campanha de atualização de vacinação, crianças de seis a 59 meses poderão também receber a dose de vitamina A nas Unidades Básicas de Saúde localizadas no território paraense. Para orientar profissionais dos Centros Regionais de Saúde sobre essa nova medida do Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza desde esta terça-feira, 7, uma Oficina de Formação para Expansão do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A no campus Senador Lemos da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém.
Incluída na programação da Semana Mundial de Aleitamento Materno que acontece no Estado desde o início deste mês, a atividade faz parte das estratégias do programa “Brasil Carinhoso”, criado pelo governo federal para ampliar a cobertura desse reforço vitamínico em todos os municípios brasileiros. Até esta quarta-feira, 8, a nutricionista Elida Amorim Valentim, da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, expõe aos participantes da oficina os objetivos do programa, implantação e resultados esperados; experiências estaduais e municipais com o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A; panorama da hipovitaminose A; sistema de gerenciamento do Programa Nacional de Vitamina A e Hórus; e sistema nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional. O Programa consiste na suplementação da dose de Vitamina A para crianças entre seis a 59 meses e puérperas (mulheres que deram à luz) no pós-parto imediato. Segundo Elida Valentim, a deficiência dessa vitamina pode acarretar problemas oculares, como a diminuição da sensibilidade à luz, até a cegueira parcial ou total. “Ela também é importante porque reduz a gravidade das infecções, promove a recuperação mais rápida de diarréias e infecções respiratórias e é essencial para o desenvolvimento saudável da criança justamente nessa faixa etária”, explicou.
Estudos mostram que essa suplementação reduz em 24% a mortalidade infantil, em 28% os óbitos por diarreia e em 45% a morte por todas as causas em crianças soropositivas. “Além de receber a dose, as famílias são incluídas em atividades de educação alimentar que incentivam a amamentação e a inclusão, em suas mesas, de alimentos regionais ricos em vitamina A, como a abóbora, cenoura, manga, mamão, pupunha e couve, entre outros”, informa a coordenadora estadual de Nutrição, nutricionista Rahilda Tuma, uma das envolvidas na organização da oficina. Durante o treinamento, Elida Amorim orientou também sobre a administração das doses, que serão distribuídas pelo Ministério da Saúde às secretarias estaduais, que por sua vez enviarão às Regionais de Saúde que se responsabilizarão em abastecer os municípios, incluindo os hospitais neles sediados. A vitamina virá em frascos com o rótulo do Ministério da Saúde contendo 50 cápsulas cada. As de cor amarela, com 100.000 UI de vitamina, serão ministradas para crianças de seis a onze meses, que receberão uma única dose. As de cor vermelha, com 200.000 UI, serão ministradas às crianças que tiverem de 12 a 59 meses, com uma dose a cada seis meses passíveis de serem anotadas na caderneta de vacinação.
A manipulação dessas cápsulas foi um dos itens mais importantes do treinamento. Entre as recomendações indicadas estão o cuidado na abertura da cápsula, o que deve ser feito com auxílio de uma tesoura ou de um alicate de unhas limpos. "Não use alfinetes para abri-las para evitar ferir os dedos e contaminar o produto", explicou. Para ministrar o medicamento é preciso, com a criança de boca aberta, suspender levemente e segurar o queixo, apertando com a outra mão, os lados da cápsula, firmemente até derramar todo o conteúdo. “Todo profissional de saúde que administrar a dose de vitamina A à criança deve tomar cuidado para que ela engula todo o conteúdo da cápsula e não derrame nenhuma gota. Caso a criança cuspa o produto, não é recomendável repetir o procedimento”, esclareceu Elida Amorim.
Ela também orientou que, caso a criança já tome algum suplemento vitamínico que contenha Vitamina A, não será necessária a dosagem em cápsula. “Geralmente, não há efeitos colaterais, mas é possível que a criança coma menos durante um dia, vomite ou sinta dor de cabeça. Vamos alertars mães que isto é normal, que os sintomas passarão e que não é preciso nenhum tratamento especifico”, orientou a nutricionista. Além disso, esse esquema de suplementação não será restrito aos períodos de campanha de vacinação, mas sim incluído na rotina dos serviços oferecidos pelas as UBS’s.
Em relação aos registros da doses, Elida deu as seguintes orientações: “No novo cartão da criança existe espaço para registro das doses administradas, da data e do retorno aos postos. É muito importante orientar a mãe ou responsável por ela a voltar à unidade de saúde sempre que for marcado o retorno de vacina ou de administração de vitamina A. Caso o seu município utilize o cartão antigo da criança, não existe espaço específico para a administração da vitamina A, mas os espaços em branco podem ser utilizados para este fim. Neste caso, deve-se anotar ‘Vita A’, a data e o retorno para a próxima dose”. Serviço: A Oficina de Formação para Expansão do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A continua nesta quarta-feira, 8 de agosto, na Unama Senador Lemos, de 8 as 12 horas. Informações pelos fones 4006-4305 e 4006-4291. Conheça mais sobre o Programa no seguinte link: http://nutricao.saude.gov.br/vita.php(agencia para de noticia)

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