
A partir de 18 de agosto, por ocasião
do Dia D da campanha de atualização de vacinação, crianças de seis a 59 meses
poderão também receber a dose de vitamina A nas Unidades Básicas de Saúde
localizadas no território paraense. Para orientar profissionais dos Centros
Regionais de Saúde sobre essa nova medida do Ministério da Saúde, a Secretaria
de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza desde esta terça-feira, 7, uma
Oficina de Formação para Expansão do Programa Nacional de Suplementação de
Vitamina A no campus Senador Lemos da Universidade da Amazônia (Unama), em
Belém.
Incluída na
programação da Semana Mundial de Aleitamento Materno que acontece no Estado
desde o início deste mês, a atividade faz parte das estratégias do programa
“Brasil Carinhoso”, criado pelo governo federal para ampliar a cobertura desse
reforço vitamínico em todos os municípios brasileiros. Até esta quarta-feira, 8, a nutricionista Elida
Amorim Valentim, da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério
da Saúde, expõe aos participantes da oficina os objetivos do programa,
implantação e resultados esperados; experiências estaduais e municipais com o
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A; panorama da hipovitaminose A;
sistema de gerenciamento do Programa Nacional de Vitamina A e Hórus; e sistema
nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional. O Programa
consiste na suplementação da dose de Vitamina A para crianças entre seis a 59
meses e puérperas (mulheres que deram à luz) no pós-parto imediato. Segundo
Elida Valentim, a deficiência dessa vitamina pode acarretar problemas oculares,
como a diminuição da sensibilidade à luz, até a cegueira parcial ou total. “Ela
também é importante porque reduz a gravidade das infecções, promove a
recuperação mais rápida de diarréias e infecções respiratórias e é essencial
para o desenvolvimento saudável da criança justamente nessa faixa etária”,
explicou.
Estudos
mostram que essa suplementação reduz em 24% a mortalidade infantil, em 28% os
óbitos por diarreia e em 45% a morte por todas as causas em crianças
soropositivas. “Além de receber a dose, as famílias são incluídas em atividades
de educação alimentar que incentivam a amamentação e a inclusão, em suas mesas,
de alimentos regionais ricos em vitamina A, como a abóbora, cenoura, manga, mamão,
pupunha e couve, entre outros”, informa a coordenadora estadual de Nutrição,
nutricionista Rahilda Tuma, uma das envolvidas na organização da oficina. Durante
o treinamento, Elida Amorim orientou também sobre a administração das doses,
que serão distribuídas pelo Ministério da Saúde às secretarias estaduais, que
por sua vez enviarão às Regionais de Saúde que se responsabilizarão em
abastecer os municípios, incluindo os hospitais neles sediados. A vitamina virá
em frascos com o rótulo do Ministério da Saúde contendo 50 cápsulas cada. As de
cor amarela, com 100.000 UI de vitamina, serão ministradas para crianças de
seis a onze meses, que receberão uma única dose. As de cor vermelha, com
200.000 UI, serão ministradas às crianças que tiverem de 12 a 59 meses, com uma dose a
cada seis meses passíveis de serem anotadas na caderneta de vacinação.
A
manipulação dessas cápsulas foi um dos itens mais importantes do treinamento.
Entre as recomendações indicadas estão o cuidado na abertura da cápsula, o que
deve ser feito com auxílio de uma tesoura ou de um alicate de unhas limpos.
"Não use alfinetes para abri-las para evitar ferir os dedos e contaminar o
produto", explicou. Para ministrar o medicamento é preciso, com a criança
de boca aberta, suspender levemente e segurar o queixo, apertando com a outra
mão, os lados da cápsula, firmemente até derramar todo o conteúdo. “Todo
profissional de saúde que administrar a dose de vitamina A à criança deve tomar
cuidado para que ela engula todo o conteúdo da cápsula e não derrame nenhuma
gota. Caso a criança cuspa o produto, não é recomendável repetir o procedimento”,
esclareceu Elida Amorim.
Ela também
orientou que, caso a criança já tome algum suplemento vitamínico que contenha
Vitamina A, não será necessária a dosagem em cápsula. “Geralmente, não há
efeitos colaterais, mas é possível que a criança coma menos durante um dia,
vomite ou sinta dor de cabeça. Vamos alertars mães que isto é normal, que os
sintomas passarão e que não é preciso nenhum tratamento especifico”, orientou a
nutricionista. Além disso, esse esquema de suplementação não será restrito aos
períodos de campanha de vacinação, mas sim incluído na rotina dos serviços
oferecidos pelas as UBS’s.
Em relação
aos registros da doses, Elida deu as seguintes orientações: “No novo cartão da
criança existe espaço para registro das doses administradas, da data e do
retorno aos postos. É muito importante orientar a mãe ou responsável por ela a
voltar à unidade de saúde sempre que for marcado o retorno de vacina ou de
administração de vitamina A. Caso o seu município utilize o cartão antigo da
criança, não existe espaço específico para a administração da vitamina A, mas
os espaços em branco podem ser utilizados para este fim. Neste caso, deve-se
anotar ‘Vita A’, a data e o retorno para a próxima dose”. Serviço: A Oficina de Formação para
Expansão do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A continua nesta
quarta-feira, 8 de agosto, na Unama Senador Lemos, de 8 as 12 horas.
Informações pelos fones 4006-4305 e 4006-4291. Conheça mais sobre o
Programa no seguinte link: http://nutricao.saude.gov.br/vita.php(agencia para de noticia)
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