Brasília
- A Previdência Social anunciou hoje (25) déficit de R$ 2,8 bilhões em junho
deste ano, 38,1% maior do que no mesmo período de 2011, quando alcançou R$ 1,9
bilhão. Esse foi o resultado de despesas de R$ 24,4 bilhões sobre a arrecadação
de R$ 21,6 bilhões - valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). As despesas com benefícios foram 8,1% maiores em relação a
junho de 2011 e a receita, 5,1%. Em média, a arrecadação registrou crescimento
de cerca de 9% no primeiro semestre de 2012. De acordo com o secretário de
Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social (MPS),
Leonardo Rolim, a queda na arrecadação do mês passado é "preocupante",
mas avalia que não chega a indicar uma tendência de longo prazo.
"Em junho a arrecadação não cresceu no mesmo patamar dos
meses anteriores, mas está acima [do crescimento] do Produto Interno Bruto
(PIB), ainda que abaixo da média. Não dá para avaliar se foi algo específico do
mês de junho ou se é uma tendência. Mesmo que a queda da arrecadação tenda a
cair, não acreditamos que seja um padrão de longo prazo. A expectativa é que o
desempenho do segundo semestre seja melhor do que o do primeiro", informou
Rolim. Para o secretário, espera-se a média de crescimento da arrecadação em
2012 fique por volta dos 6%. Segundo o resultado do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
de junho, foram pagos R$ 25,5 milhões em benefícios, 3,1% a mais do que em
maio. O setor urbano arrecadou R$ 21,1 bilhões e teve superávit de R$ 2,2
bilhões. O setor rural, por outro lado, registrou déficit de R$ 5 bilhões,
11,5% a mais do que no mesmo período do ano passado.Leonardo Rolim explicou que
o déficit no setor rural se deve ao reajuste do salário mínimo, que é R$ 622
desde janeiro de 2012, porque serve de piso para 97,7% dos benefícios pagos a
esse setor.(Agencia Brasil)
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