
Segundo
Moreira Mendes, um dos pontos polêmicos é o artigo primeiro do texto aprovado
no ano passado pelo Senado Federal e que foi reintroduzido na MP, estabelecendo
os princípios da lei do Código Florestal. Os deputados ruralistas são contra a
relação de princípios porque acham que haverá margem para interpretações por
parte do Judiciário.
Moreira
Mendes citou o item terceiro dos princípios, que reconhece "a função
estratégica da produção rural na recuperação e manutenção das florestas e
demais formas de vegetação nativa e do papel destas na sustentabilidade da
produção agropecuária". Ele considera a proposta "um acinte",
argumentando que "não é função da agricultura e da pecuária sustentar a
floresta e sim produzir alimentos".
O presidente
da FPA prevê que haverá embates também em relação ao conceito de "área
abandonada" que foi retomado nas modificações feitas no texto pelo Palácio
do Planalto, "pois há alguma coisa no ar que não avião". Ele disse
que existe uma "intenção de desfazer o direito constitucional de
propriedade, para tentar desapropriar, ou expropriar para fazer reforma
agrária, sob o pretexto de que a área é abandonada".
Em relação
ao artigo 61, que trata da recomposição e preservação das matas nas margens de
rios, Moreira Mendes acredita que as propostas serão no sentido de melhorar o
texto, uma vez que existe consenso de que as mudanças feitas pelo Palácio do
Planalto, com a obrigatoriedade de recomposição de acordo com o tamanho da
propriedade e extensão dos rios, são consideradas boas. Ele disse que a
proposta comete uma injustiça com os médios proprietários e que por isso propôs
que as medidas beneficiem também os imóveis de até 10 módulos(Dol)
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