Cerca de 200
detentos e sete técnicos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso (CAHF) estão
recebendo capacitação, nos meses de maio e junho, para atuarem nos projetos que
vão reestruturar o polo produtivo do local. Os cursos, divididos em duas etapas
– teórica e prática - são ministrados pela Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater), Secretarias de Agricultura (Sagri) e de Pesca (Sepaq)
e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), nas áreas de Olericultura, que
trabalha o cultivo de hortaliças; Palmípedes (criação de patos); Piscicultura;
Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão); Suinocultura, Grãos e
Tubérculos.
Ana Carolina
Palheta, técnica agrícola da CAHF, participou do curso de piscicultura e contou
que aprendeu como preparar a área para a criação de peixes de água doce. “Os
internos vão participar do mesmo curso e utilizar as técnicas para a área
comercial, o que facilita a entrada no mercado de trabalho”, explicou.De acordo
com o instrutor de olericultura, o engenheiro agrônomo Jorge Gibson, o curso
proporciona novos conhecimentos, mudança na vida dos internos e o abastecimento
das unidades do polo penitenciário de Santa Izabel com uma produção animal e
vegetal, ou seja, alimentação de boa qualidade.
O interno
Jorge Duarte, custodiado na CAHF, conta que os cursos são também uma
oportunidade de crescimento profissional. “Essa capacitação, além de ajudar a
ocupar a mente, vai me ajudar a ganhar dinheiro, porque estou planejando levar
o conhecimento adquirido para um terreno que eu tenho”, conta.
A proposta
inicial do projeto começou a ser elaborada em novembro do ano passado pela
Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) em
parceria com a Emater, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Universidade Federal
do Pará (UFPA), Sagri, Companhia de Saneamento Básico do Pará (Cosanpa) e o
Instituto de Terras do Pará (Iterpa). O resultado foi um grande projeto
que garantirá o abastecimento de alimentos das unidades prisionais do polo de
Santa Izabel, além da capacitação, profissionalização e ressocialização dos detentos.
O investimento é de aproximadamente 213 mil reais que ajudarão a transformar a
realidade não só dos que cumprem pena na colônia agrícola, mas também das
famílias que vivem no entorno do polo. (Agencia.Pará de Notícias)
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