A Comissão Parlamentar Mista criada
para apurar o elo do bicheiro Carlinhos
Cachoeira com
políticos e empresários aprovou na tarde desta terça-feira (29) a quebra dos
sigilos bancário, fiscal e telefônico das contas nacionais da construtora
Delta.

As investigações da
Polícia Federal mostram que somente a Alberto & Pantoja Construções recebeu
da Delta nacional R$ 26 milhões. A empresa funcionaria numa oficina mecânica,
numa cidade perto de Brasília. Na conta da Brava Contruções, que, segundo a
polícia, também é uma empresa de fachada que serve ao esquema de Carlinhos
Cachoeira, a Delta nacional depositou pouco mais de R$ 13 milhões.
Em 17 de maio, foram quebrados os sigilos das
filiais da empresa no Centro Oeste, que estavam sob o comando de
Claudio Abreu, preso pela Polícia Civil na Operação Saint-Michel, ação conjunta
com a Polícia Federal.
Claudio Abreu é citado em conversas
telefônicas nas investigações da PF sobre a quadrilha do bicheiro.
“Penso que está ficando
meio inexplicável não se conseguir votar essa quebra de sigilo da Delta.
Devemos apoiar e votar por unanimidade essa quebra de sigilo. Quem tiver
dúvidas é só verificar o volume de dinheiro [relacionado à Delta] nas
investigações da PF”, afirmou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que se
inscreveu para discursar a favor da quebra de sigilo. Nenhum parlamentar
discursou para defender a rejeição do requerimento.
O único a votar contra a
quebra do sigilo da Delta nacional foi o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Pouco depois da aprovação, a sessão da CPI foi encerrada.
Convocação
de governadores
Antes, a CPI havia decidido adiar para o dia 5 de junho, na próxima reunião administrativa da comissão, a votação dos requerimentos de convocação de governadores.
Antes, a CPI havia decidido adiar para o dia 5 de junho, na próxima reunião administrativa da comissão, a votação dos requerimentos de convocação de governadores.
O deputado Gladson
Cameli (PP-AC) apresentou questão de ordem dizendo que a CPI violaria o
princípio de separação de poderes caso convocasse governadores.
O senador Pedro Taques
(PDT-MT) rebateu a posição do deputado. "Não há nenhuma interferência de
poderes", afirmou o parlamentar. Diante da divergência, o presidente da
CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) afirmou que consultaria a assessoria
jurídica do Senado e daria uma resposta à questão de ordem na próxima reunião
administrativa da comissão, marcada para o dia 5 de junho.
(G1)
(G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário