Uma semana
depois de terem se transformado em alvo da artilharia da presidente Dilma
Rousseff para reduzir os juros, os bancos reagiram. Na véspera do Dia do
Trabalho, a presidente foi à TV no horário nobre e criticou a “lógica perversa”
do sistema financeiro, chamou de “roubo” as tarifas cobradas para administrar
fundos de investimento e pediu queda urgente das taxas cobradas a consumidores
e empresas. Ontem, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), enfim, se
pronunciou. E não hesitou em apelar para a metáfora:
“Alguém já
disse que você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá
obrigá-lo a beber a água”, escreveu Rubens Sardenberg, economista-chefe da
federação, que divulgou ontem um relatório e pôs em dúvida a eficácia das
medidas oficiais para estimular a concessão de empréstimos e aquecer a
economia. Interlocutores da presidente Dilma reagiram com ironia ao relatório.
Ao ouvir a frase, um técnico rebateu:
— Você não
pode obrigar um cavalo a beber água, mas ele também pode morrer de sede.
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